O objetivo do presente estudo foi o de comparar os efeitos agudos do aquecimento e do aquecimento seguido de repouso no tempo de reação de jovens futebolistas sub-12 sujeitos a uma tarefa de vigilância psicomotora. Catorze futebolistas masculinos (11.64±0.50anos) participaram de um estudo cruzado. Todos realizaram uma avaliação da vigilância psicomotora inicial (AI) ao longo de dez minutos no primeiro dia. No segundo dia, os participantes realizaram a exposição ao aquecimento estandardizado de quinze minutos (GA) seguido imediatamente de reavaliação. No terceiro dia os participantes foram expostos ao mesmo aquecimento seguido de um período de repouso passivo de dez minutos (GAR), e apenas após decorreu a reavaliação. O tempo de reação médio no teste de vigilância psicomotora de dez minutos foi a variável dependente utilizada para a comparação entre as condições de AI, GA e GAR. O teste ANOVA de medidas repetidas demonstrou diferenças estatisticamente significativas entre condições (F=11,919;p<0,001;η_p^2=0,478). A condição GA apresentou o melhor valor médio de tempo de reação (369,6±43,4ms), seguido da condição GAR (437,7±69,3ms) e da condição AI (415,5±57,0ms). O teste post-hoc revelou que a condição GA apresentou valores significativamente inferiores de tempo de reação comparativamente a AI (p=0,007;d=0,914) e GAR (p=0,004;d=1,209), enquanto estas últimas não apresentaram diferenças significativas (p=0,369;d=0,352). O presente estudo sugere que o efeito agudo benéfico do aquecimento no tempo de reação apenas sucede imediatamente após a exposição ao mesmo, sendo que o tempo de repouso dissipa o mesmo. Estratégias de reativação após repouso devem ser implementadas para mitigar o declínio no tempo de reação.